sábado, 7 de agosto de 2010

O vampiro Lestat - Anne Rice


"Segundo volume das Crônicas Vampirescas, um dos grandes clássicos de Anne Rice, este livro narra a história do vampiro Lestat de Lioncourt, um dos personagens mais interessantes da autora, desde seus dias como humano morando no castelo de seu pai, passando por seu encontro com o vampiro que o transformou, até o encontro com Akasha. A publicação original em inglês é de 1985.
Lestat é o sétimo filho do marquês d'Auvergne e nasceu em 1760, em Auvergne, França, em um castelo pertencente a seus antepassados. Apesar da sua aparente nobreza ele cresceu em uma pobreza relativa; seus antepassados esbanjaram as riquezas da família delapidando assim a fortuna familiar. Como o mais novo filho da família, Lestat ascendia a nada herdar. Sua relação com seu pai e irmãos eram tensas devido a diferenças irreconciliáveis.

Talvez o momento mais crucial de sua vida mortal, foi quando as pessoas da cidade vieram para lhe falar sobre lobos que entraram na aldeia estuprando as pessoas. E enquanto caçava ao redor das montanhas de Auvergne, foi atacado por oito lobos, que quase causaram sua morte. A morte de seu cão de caça e seu cavalo, teve um profundo efeito sobre sua aparente estabilidade mental. Ele retornou para casa, determinado a seguir o seu próprio caminho.

Lestat cai numa profunda depressão após seu encontro com os lobos e perde o sentido da vida, e acompanhado de um amigo violinista de nome Nicolas, ele deixa Auvergne e vai para Paris, com intenção de se tornar um ator de teatro. Durante uma peça, ele atraiu a atenção de um antigo vampiro chamado Magnus, que o rapta e transforma em vampiro contra vontade, e depois comete o suicídio atirando-se em uma pira, deixando Lestat para defender a si próprio, sem qualquer tipo de orientação. Lestat descobre que agora é herdeiro de uma inesgotável riqueza, e começa uma aventura que o leva a conhecer todo o mundo."


Opinião Geral sobre o livro:
Creio que quando Anne Rice escreveu o que viria a ser o primeiro volúme das "crônicas vampirescas" , ela não sabia ainda que escreria outras sequências. O Lestat protagonista dessa história, não parece o mesmo de "Entrevista com o vampiro", e acho isso porque as explicações que nos é dada para determinadas ações de Lestat no outro parecem meio forçadas, e muda totalmente o modo como enxergavamos a história pela visão de Louis. Mas isso não significa que o conteúdo geral do livro seja ruim, de maneira alguma. Os personagens de Anne são bem trabalhados a ponto de não ficarem meros clichês de personalidades (muitos autores fazem isso), e o modo como ela apresenta a imortalidade para os vampiros de diferentes pontos de vista é bem interessante. Acho que cheguei a comentar aqui no blog sobre Claudia, a criança-vampira do primeiro, e neste os personagens que chamam mais a atenção (para mim, pelo menos) e Gabriele, mãe de Lestat , que é trasformada pelo mesmo e Nicolas, que é tão atormentado e sombrio (meu favorito). Gosto das questões que são levantadas em certos diálogos entre os vampiros sobre a tanto a existência humana quanto a vampira, é claro, e para quem esta mais acostumado com as história de vampiros mais atuis, cheias de vampiros vevendo felizes para sempre com algum amor humano, pode estranhar o modo pessimista com o qual os vampiros de Anne vêem a imortalidade.


Pontos positivos:

A história é muito boa e os personagens bem desenvolvidos, e quem leu o primeiro, e gostou, pode ler esse que será a mesma coisa.
Ah...e Louis volta a aparecer no final (o vampiro "entrevistado" do primeiro).


Pontos negativos:

A tentativa da autora de deixar Lestat relativamente bonzinho, e certos títulos de capítulos.

Citação:
" (...) Pouquíssimos seres neste mundo realmente buscam o conhecimento. Mortais, ou imortais, poucos realmente questionam. Ao contrário, eles geralmente tentam extrair do desconhecimento as respostas que já modelaram em suas próprias mentes - justificativas, confirmações, fórmulas reconfortantes sem as quais não poderiam contínuar vivendo. Questionar realmente é abrir a porta para um furacão. A resposta pode destruir a indagação e o questionador."

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