terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sangue quente, de Isaac Marion
Em que confesso: Me apaixonei por um zumbi.




"OI, EU SOU UM ZUMBI e isso não é tão ruim assim. Me desculpe por não poder me apresentar direito, mas não me lembro do meu nome, nenhum de nós se lembra. Também esquecemos de nossos aniversários e das senhas de banco. Acho que meu nome começava com R. É engraçado, porque, quando era vivo, vivia me esquecendo do nome dos outros. Estou descobrindo que esse tipo de ironia está muito presente na vida dos zumbis, mas é difícil rir quando mal consigo falar."






Sinopse:
Em algum momento da história, os zumbis apareceram e agora o mundo está destruído. Os humanos normais fugiram para dentro dos enormes estádios de futebol e lá criaram suas pequenas comunidades. Mas nossa história é contada do ponto de vista de R, um zumbi que se arrasta como os outros, caça como os outros, como carne e cérebros (a mais fina iguaria) como os outros, mas que às vezes, tem sonhos de como era ser humano, e tenta se lembrar de sua vida anterior e filosofa sobre isso.

Ai vem a parte da qual eu desconfiei:

Um dia, em uma caçada, R encontra Julie e, no meio da carnificina que seu grupo impõe ao dela, algo o impede de matá-la. Mas o que aconteceu?
"É possível haver atração entre humanos e zumbis? Serão eles Romeu e Julieta de um mundo pós-apocalíptico?" e BlaBlaBlaBla......

NÃO PARE DE LER!
Não é isso intende? Esse segundo paragrafo da sinopse (esta na capa do próprio livro) mais a frase da Stephenie Meyer na capa te passa consideravelmente uma ideia errada do conteúdo da história.

Esse livro é MUITO MUITO MUITO - infinito - LEGAL.
Nossa pareci uma criança agora, mas que seja!
Sinceramente, estou cansada desses blogs em que os autores pensam se tratar de uma revista chata e especialista para catalogar os livros, e não serei eu mais uma a fazer o mesmo do mesmo. Escrevo sobre os livros que leio na medida em que gosto deles, e se eu adorei, como foi o caso deste, não vou ficar de mimimi escrevendo enrolações e dando uma de crítica literária. Eu sou uma leitora, e como esta , quero somente passar para vocês a ideia: Vai! Corre, lê esse livro amigo(a), por que é muito bom!!!
Voltando ao foco - "Sangue quente" não é um livro YA como nos faz parecer a resenha. Não é só um romancezinho entre criaturas sobrenaturais e humanos. É uma história entende? Uma história de verdade, que não te faz querer largar o livro nem por um instante, por que o R é... o zumbi mais interessante do qual tive conhecimento. É claro que tem um pouco dessa coisa de amor, mas é algo bem leve, não é sobre o que gira a história. Enquanto lia, ficava pensando "Puts... nossa, que escritor criativo, como ele pensou num lance desses?!" Por que é um livro que, apesar do tema, te faz pensar, te passa ideias, e para mim, acrescentou algo.
Acho que trata principalmente, da esperança e da capacidade que cada um tem de poder mudar as coisas, e principalmente a si mesmo. Mas não é chato. Sei que dizer assim parece chato. Mas não é.


Sabe o quanto foi legal ler a história pelo olhar de um protagonista zumbi? Logo no começo, com a a apresentação do R eu adorei ele. Ele não é o cara mais lindo de um lugar qualquer no ensino médio. Ele não é um vampiro/lobisomem/homem-fada/qualquercoisassim bonitão, entende? Ele é um ZUMBI, e como tal, come pessoas. E cérebros. E isso é tão legal...
E é claro, esta em decomposição.
Mas mesmo assim, ele é adorável.

minha cara enquanto lia o livro - idiotamente fascinada

Achei o jeito como o autor desenvolveu a história muito bom. O R evolui com a ajuda da presença da Julie, a garota que ele não come (sem malícia por favor) por que, pasmem, ele havia comido o cérebro do seu namorado Perry instantes antes, e isso desencadeia algo nunca visto antes... a vida do cara morto começa a passar pela mente de R com mais intensidade do que qualquer outro cérebro tinha lhe proporcionado, fazendo com que o instinto nos últimos instantes de Perry de proteger Julie, passassem adivinhe para quem? O zumbi que comeu seu cérebro.
E aí, as coisas tomam o impulso para os seguintes acontecimentos, que eu não contarei por que seria spoiler e eu não faria algo tão filhadaputamente malvado, não em relação a esse livro, que vale totalmente a pena ler. E ir descobrindo as coisas, acompanhando os acontecimento com os olhos vendados, por assim dizer.


eu tenho mesmo

Devo acrescentar que me identifiquei muito com o R - sim, eu sei, ele é um zumbi - mas não foi num sentido físico da palavra, foi nas ideias, nas coisas que ele pensa com o desenrolar do livro... questões basicamente existenciais, e foi ai que eu me apaixonei por um zumbi. Sei lá, ele também é muito engraçado, mesmo quando não é engraçado. Acho que tenho probleminhas - Queria um zumbi legal assim para mim. Que comesse cérebros... contando que não fosse o meu.
Mas brincadeirinhas com fundo de verdade a parte, o R evolui muito, e você torce por ele, para que ele continue avançando em sua tentativa de ser um Vivo. A Julie é legal também como uma moleca que aprontou muito, e tem problemas com seu pai, um general que não é exatamente um poço de emoções a vista. Enfim, a parte mais legal de tudo é o R.
E é claro que ele entrou para o top 10 + personagens que gosto de todos os tempos...


CITAÇÕES:

" Ter um pensamento com foco é algo raro por aqui, por isso sempre seguimos um quando ele ocorre. Senão ficaríamos apenas parados grunhindo o dia todo. Aliás, ficamos bastante tempo parados grunhindo o dia todo. Passamos anos assim. A carne vai secando de nossos ossos e ficamos ali parados, esperando para acontecer. Sempre me pergunto quantos anos tenho."


"Antes que eu possa ficar ofendido, ela olha para mim e sorri. - De qualquer forma... gosto deles. Dos seus olhos. Eles são bem bonitos. Assustadores... mas bem bonitos.
Provavelmente é o melhor elogio que já recebi em minha vida de morto. Ignorando meu olhar idiota que a segue, Julie caminha pela casa e cantarola algo para si mesma."

" Sangue negro espirrou nas paredes. Perder um braço, uma perna um pedaço do torso, nada disso é levado em consideração, damos de ombro para isso. Um problema cosmético de pouco importância."

Isaac Marion - o autor, que eu admiro bastante no momento - e ele é bonitinho não?
Não o imaginava assim, na verdade... pensei que fosse sei lá, um escritor mais velho - vai saber por que...


Portanto, tenho a acrescentar que este ano esta sendo muito prolifico em descobertas aleatórias de livros incrivelmente legais e bem escritos. Obrigado Sr. Marion.... você tornou os meus dias mais empolgantes recentemente.
VAI LER ESSE LIVRO LOGO!!! ESTA ESPERANDO O QUE? (nem responda se for no caso de money)


P. S:Li por aí na net que parece que vai ter um filme. Que droga, provavelmente vão estragar a história e foder tudo.

P.P. S: Não é uma imitação de crepúsculo ou inspirado no mesmo, como li em alguns blogs aleatórios quando estava pesquisando sobre o livro na net. Acho que as pessoas deviam pensar direito no que escrevem, e parar de fazer comparações baseadas em aspectos vagos, que só servem para acabar com a imagem de um bom livro e fazer quem não gostou de "Crepúsculo" nem dar uma olhada.

* Eu não tenho nada contra Creúsculo ok, só uma ou outra coisinha, acho até a história legal. Não me crucifiquem por favor. E cara, ja é o segundo livro com frase da Stephenie Meyer na capa que eu gosto. Algo a verificar...


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

As Bruxas de Mayfair, A hora das bruxas vol. 1 - Anne Rice


Sinopse:

A Talamasca, um grupo com poderes extra sensoriais voltados para o bem, durante séculos pesquisou a vida da família Mayfair, uma dinastia de bruxas que começou no século XVII, na Escócia, transplantou-se para o Haiti e de lá para a fantasmagórica Nova Orleans. É através dos seus volumosos arquivos que vamos descobrir essa saga de seres decadentes e mórbidos, convivendo pacificamente com o incesto, as tempestades e um espírito, meio divindade celta, meio demônio, chamado Lasher.

OPINIÃO GERAL SOBRE O LIVRO:


Certo. Essa vai ser difícil.
Já leram um livro, e depois, ao querer contar a história para um amigo (ou fazer uma resenha), percebeu que nem sabia por onde começar, que a história simplesmente era bastante complexa, com muitos detalhes ou qualquer coisa assim?
Pois bem, eis uma história difícil de explicar, portanto, irei por partes.

A hora das bruxas I e II são a mesma história (sim, há um segundo volume), e a resenha que farei, portanto é de apenas metade da história, se formos analisar.
O livro pode ser dividido em duas partes, sendo a primeira a apresentação dos personagens contemporâneos e a atual situação da história, e a segunda ( a melhor), a história ao longo dos tempos de toda a galeria de personagens da família de bruxas Mayfair e os envolvidos a esta.

A história das bruxas Mayfair nos é derramada aos poucos.
O livro começa com o relato de um médico que acompanha por um breve período de tempo, Deirdre Mayfair, que permanece a anos num estado aparentemente indefinido de paralisia esquizofrênica ( nem os médicos do livro entendiam direito do que se tratava, quem dirá eu). E o mesmo médico vivência a aparição de um estranho homem, também conhecido na história como " O Homem", uma espécia de espirito/demônio (chamado Lasher) que acompanha as bruxas Mayfair.

Mais uma série de relatos nos é apresentada, e sem que me desse conta, estava presa. A história das bruxas mayfair é incrivelmente bem construída, e muitas vezes quase esqueci que o que estava lendo era ficção e ficava pensando na história como se fosse real de fato. Muito bizarro.

Porém, quem já leu algum livro da Anne Rice sabe como a narrativa dela pode variar da coisa mais empolgante para algo bastante difícil de passar adiante. É claro que isso não é regra, eu adoro os livros da Anne, mas é um fato que as vezes, suas descrições minuciosas podem ser um pouco chatas, e as vezes, seus leitores desavisados se cansam e perdem um bom livro.
Eu que conheço, sei o quanto enrolei para ler o livro, mas depois , quando chegou mais ou menos na metade, eu devorei de uma vez só, durante o dia todo (ontem para ser mais exata). Personagens bem construídos é pouco para o que Anne criou. São pessoas, entende? Realmente pessoas, incrivelmente bem descritas, e eu mais de uma vez me peguei pensando nesses personagens, e o mais incrível é que Anne dedicou algo equiparável a capítulos para tratar de cada um deles. Agora me diz, como é que um personagens criados e desenvolvidos com algumas páginas pode fascinar tanto?

De todas as bruxas apresentadas, o personagem do qual mais gostei não era uma bruxa. Era o bruxo.
Deixem-me explicar melhor. As bruxas Mayfair desde que se travou conhecimento delas, sempre passaram o poder (e "O Homem/espirito-demônio) para uma filha, não necessariamente a mais velha, mas basicamente a que podia ver Lasher (o citado demônio ou seja lá o que for - não é bem definido).
E toda a trajetória da família que nos é passada através dos arquivos da entidade chamada " O Talamasca" desde a Europa medieval até os nossos dias é simplesmente muito, muito interessante.

O que me leva ao tópico seguinte, O Talamasca.

O Talamasca
Nós observamos
E estamos sempre presentes.

O Talamasca é uma instituição com uma história que remonta ao século XI, e nos termos atuais seriam um grupo de historiadores interessados basicamente em pesquisa psíquica. A bruxaria, as assombrações, os vampiros, as pessoas com alguma capacidade psíquica notável. Tudo isso os interessa, e eles mantém um arquivo com informações a esse respeito.
E sobre isso, cheguei a conclusão de que seria muito legal mesmo trabalhar para O Talamasca. Seria mesmo.


A história tem incestos (muitos incestos, e de tipos variados), e se a pessoa que ler for muito moralista e se chocar facilmente, bem... vai ficar chocada. Eu adorei. Acho que todos os pares incestuosos combinavam bastante. Não, eu não sou uma pessoa pervertida.

Outro olhar que temos da história é pelo personagem Michael, que é inserido na história logo no começo ( e eu meio que esqueci de mencionar acima), e grande parte do livro é pelo seus olhos, até a a segunda parte, onde ele começa a ler os arquivos da Talamasca, e ai se desenrola a grande parte legal. Não é que o Michael seja chato. Ele não é. Só achei que ele ficou tempo demais em cena.
Michael sofreu uma experiência de quase morte e é salvo pela Dra. Rowan Mayfair. Então, as coisas mudam para ele, que acorda dessa experiência com um poder de tocar objetos com as mãos e poder sentir e ver fatos ou imagens relacionadas ao objeto, e o mais importante de tudo, Michael tem uma missão, que lhe foi dada no lugar onde esteve, por seres que ele acredita serem divinos, porém Michael não se lembra do que é exatamente tendo somente a sensação de que seja o que for, será em sua terra natal, Nova Orleans, onde, sim, vivem a família Mayfair.

Lendo o meu texto no momento, acredito que esteja um tanto confuso, mas que seja. O que quero lhes passar é que esse livro é maravilhoso, uma história bem construída, interessante, e obviamente uma das melhores obras de Anne Rice. Eu sei que tem gente que tem preconceito com os livros dela, por ela parecer ser uma velhinha (com cabelo estiloso na minha opinião), mas as coisas que ela escreve ... nossa. É por isso que eu adoro ela. Posso não ser uma fã incondicional, mas admiro o modo como escreve coisas que a sociedade condena (leia-se relacionamentos homossexuais, incestos, e por ai vai). É muito legal. E repito, não, eu não sou uma pervertida.
E além disso, é óbvio que Anne Rice é uma excelente escritora.

PERSONAGEM(S) FAVORITO(S) :
Ah, sem sombra de dúvida o Julien. Ele é o único homem na família Mayfair que parece ter tido os poderes das bruxas, e ele é engraçado, sabe viver a vida, bissexual, incestuoso (com a irmã e a sobrinha - ou filha :O)
Adoro o Julien.

CITAÇÃO:

" Dê-me um homem ou uma mulher que tenha lido mil livros e estará me proporcionando uma companhia interessante. Dê-me um homem ou mulher que lido talvez três, e estará me dando no fundo um perigoso inimigo."

Sobre a alienação de pessoas que liam um ou dois livros sobre bruxaria e demônios e saiam a pregar a morte de mulheres inocentes, cegos por sua ignorância.
Mas também pode ser empregado a muitos outros tipos de alienados por um único livro, pense nisso.

" - Quando examino o futuro - alega-se ter Mary Beth dito, - tudo o que vejo é como a maioria das pessoas é fraca e como se esforça pouco para lutar contra o destino ou a má sorte. Cada um pode lutar, sabia? Pode mesmo."

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cawboys e Aliens - e o tédio, o sono e a bunda de Daniel Craig...





Esse filme...esse filme... alguém precisa avisar as pessoas.
E eu, como a boa samaritana que sou (mentira) resolvi que abraçaria este papel. Pessoas, eu não sei qual o gênero de filme que gostam, só sei que as chances de você querer sair da sala do cinema são muito grandes. Extremamente grandes na verdade. Eu diria que, se não fosse pelo fato de ter pagado, eu teria saído depois de meia hora de filme. Ou não. Se você for masoquista ou mão de vaca (o meu foi o segundo caso) ficará na sala até aparecerem a primeira linha dos créditos e depois... correrá.
Deixem-me explicar- lhes o motivo de meus argumentos acima.
A questão é que o filme é chato mesmo. Não num sentido particular, por que eu sinceramente tenho muita paciência. E tento ser boazinha com as minhas escolhas, mas depois de vinte minutos meus amigos me xingavam e diziam que queriam ir comer ou fazer qualquer outra coisa. E o engraçado foi que vi a maioria das pessoas saírem num átimo da sala, meio apressadas me pareceu. Eu nem executei meu ritual de preguicinha para sair... foi inédito .
Mas preciso falar do filme.
Ele não te acrescenta nada. Ok, é um filme com o título "Cawboys e Aliens" não passa essa ideia, porém eu esperava o mínimo de criatividade, de cenas engraçadas, de excentricidade, que seja, mas nada disso acontece. A impressão que tive, é de que as cenas eram recortes de outros filmes, sem... sem nada de novo.
Portanto, acho que de fato, a única coisa realmente criativa foi o título mesmo. Fui enganada. Droga!
O filme entendiava muitas vezes, e as cenas de ação não eram exatamente a coisa mais empolgada que já vi: Muitas pessoas voando, aliens correndo como orangotangos (e feios como o diabo - ou mais, eu acho), tiros, índios e sei la´. A mistura parecia interessante, e no final, ficou foi frustrante (rimei, que bonitinho).
Minha mente se ausentou em alguns momentos, e eu meio que não lembro o nome dos personagens...
Meus amigos me xingaram o filme todo. Agora eu estou marcada como " não houve a Tais, as escolhas de filme dela são péssimas."
Obrigado, Cowboys. Obrigado Aliens. Minha reputação esta no lixo.


- A culpa é sua,foi você que escolheu!
- Quem... eu?!


Tudo bem, o Harrison Ford esta no filme. Uau! Ele fez Indiana Jones... e é tipo, o Harrison Ford, e tem a Olivia Wilde, que fez ou faz (eu não sei e estou com preguiça de procurar no google) a Thirteen, na série House (que é muito legal, todos sabem disso), e o cara que fez o James Bond, Daniel Craig, que eu nunca achei um cara muito atraente, mas que tem bunda, ah, ele tem. Depois de muito tempo procurando algo no tédio, reparei nisso. Acho até que fizeram uns closes da bunda dele de propósito. A bunda dele é realmente atraente. Eu gostei da bunda do Daniel Craig, só não da cara dele.




Que seja, somente uma bunda interessante não salva um filme.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sobre Falar em Público.
uma das coisas que mais detesto na vida.

Recentemente, me foi passado uma quantidade escandalosa de trabalhos na faculdade, o que por si só já é bem ruim, porém como as coisas ruins sempre veem acompanhadas de suas grandes amigas chamadas coisas piores, parte dos citados trabalhos terão de ser apresentados.
O que me remete a lembranças de coisas como:
sala cheia de gente.
cheia de gente olhando para mim.
eu na frente da sala cheia de gente.
eu querendo morrer.
eu querendo matar pessoas.
E tudo isso me remete a uma de minhas grandes questões de filosofia reclamona: Por que os professores insistem em - desculpem-me a palavra - foder com a vida dos extremamente tímidos/envergonhados/com grandes problemas de fala. Por que? Sera que eles tem ideia do quanto sofremos? Sim, sofremos, porque tenho certeza de que há mais sofredores comigo nessa causa!


A questão é que os professores podem até ter boas intenções, como "isso é uma coisa necessária na vida" e " você tem que superar isso" ou " eu também era assim/conhecia alguém assim"... Acontece, queridos professores bem intencionados, que eu não consigo fazer isso. Ponto. Sem mais. Será que eles acham que com uma única apresentação, que com a apresentação do trabalho passado por eles, eu vou me curar? Mesmo? Por que, se fosse assim já era para eu estar curada.




Por que os professores não entendem que existem pessoas diferentes, pessoas que tem uma timidez REAL, não uma coisinha de mimimi, "ai eu tenho vergonha". O negócio é sério. Eu passo mal em apresentações, tenho taquicardia, vontade de vomitar, gagueira, tremedeira, pressão baixa, gastrite nervosa e por aí vai...
E o problema é que eu de fato já tentei superar isso, me esforcei, mesmo. Mas o problema não se resolve e definitivamente, essa coisa de falar para um monte de pessoas não é para mim.
Portanto, palmas para quem consegue, eu vos invejo, vocês pessoas que tem o dom da oratória.




Minha reação ao saber que terei de apresentar qualquer coisa.

Nem tenho palavras que possam relatar todo o meu sofrimento na vida escolar, todos esses anos sendo forçada a fazer essas apresentações, todas a notas que perdi por não conseguir abrir a boca e dizer coisa com coisa. Foram experiências realmente ruins, meu caro.



tenho certeza!!!

Agora, vamos as reações do publico escolar, ou, nossos prezados coleguinhas de classe (também chamados por mim de bandodefilhosdaputacruéis)
Os alunos na maior parte das apresentações, estão pouco se lixando para o que seus colegas estão apresentado. Então, a partir desse pressuposto universal, suas atitudes em apresentações variam principalmente entre três:
atitude 1 - Fingir que esta prestando atenção no que esta sendo dito.
atitude 2 - conversar com o amigo mais próximo.
atitude 3 - conversar com o amigo mais próximo sobre os apresentadores e RIR deles.

Mas os três tipos para mim é a mesma coisa, ou mais precisamente, cobertos da atitude 3. Pior é que existem mesmo pessoas que riem diante da dificuldade alheia, que não tem o menor escrúpulo. E sabe o que penso sobre essas pessoas?
resposta: Vocês merecem a morte. E de maneira bem cruel, de preferencia com torturas.
Se tem uma coisa que aprendi a fazer é respeitar as pessoas, principalmente em situações obviamente difíceis. Eu tenho escrúpulos.



minha vontade é essa ao estar na frente de um bando de babuínos babacas.



sorrisinhos cúmplices...esse tipo me aniquila.

As pessoas são más. Foi isso o que aprendi na escola. Uma lição muito importante na vida, e aprendida de maneira bem vívida.


se eu tivesse uma, não sei qual seria minha ação...não sei mesmo.


Acho que se as pessoas me conhecessem, ou se soubessem minimamente o que a minha mente sociopata é capaz de criar, elas não ririam.


Brincadeirinha.

sábado, 10 de setembro de 2011

Frases geniais - sobre livros e outras coisinhas

Recentemente (talvez nem tão recentemente assim) li um livro do qual gostei muito. O mais bizarro, foi que esse mesmo livro, chegou em minhas mãos num impulso de compras sem sentido e nem um pouco adequado (me refiro a minha atual situação financeira de dar dó / aceitando esmolas).
Simplesmente, peguei "Louco aos poucos" em minhas mãos, e o título me pegou. A capa me pegou. E talvez a meu estado de espirito insano do momento (ouvindo Nirvana - e pensando que dinheiro chove), li a sinopse bem por cima mesmo e comprei. Parcelado no cartão de crédito, mas comprei.
E sabe de uma coisa - EU ACERTEI PELA PRIMEIRA VEZ NUMA COMPRA IMPULSIVA/INSANA/IDIOTA e barra qualquer adjetivo de gente sem noção que quiser.

Esse livro é uma viagem total - figurativa e literalmente também, no qual o protagonista descobre sofrer de uma espécie de doença da vaca louca - é, legal não? :DD
Tipo um Dom quixote moderno e adolescente loser.
E que vai morrer.
Ops...

Esse livro é muito doido, e pretendo fazer uma resenha dele algum dia desses - quem sabe amanhã, ou ontem, ou sei lá quando - mas pretendo, então, como um aperitivo para que vocês possam ter uma ideia do tipo de coisa que se é dita pelos personagens, algumas frases dos mesmos.

" Num mundo como esse apenas o aleatória faz sentido".

"- Siga o meu conselho e viva muitos anos, porque a maior loucura que pode fazer um homem é se deixar morrer".

" -Você tem lembranças boas?(...)
Dulcie da um sorrisinho estranho.
- Estou construindo uma lembrança boa agora mesmo.
- Agora?
- Aqui, com você."

" Metade das pessoas que estou vendo não estão realmente atentas. Elas não estão ligadas. Nunca se dão conta de quão espetaculares as coisas são.
- Tipo o quê?
- Tipo... - ela pensa durante alguns segundos.
- Pipoca de micro-ondas.
- Você esta de brincadeira.
- Pensa bem, você bota um saco de grãos lá dentro, espera quatro minutos... - ela abre a boca e bate os dedos contra suas bochechas esticadas, faz um barulhinho de estouro - e voilá! Surge um saco fumegante cheio de delícias amanteigadas bem na sua frente.
- É isso o que você considera o milagre da existência humana?
- Não. Mas também não é péssimo. É um prazer singelo, tá bom? Você conhece alguma coisa assim?"




"Vai lá e trate de produzir algumas lembranças."

" Nós seres humanos , não conseguimos evoluir sem dor."



Até a próxima e sonhem com unicórnios...e fadas mordentes que te matam. E anjos de azas pichadas...^^

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Eu não quero realismo. Eu quero mágica.


Tecnicamente, eu sou uma doida assumida. Sim. Muito mesmo.
Tudo começou...com aquele primeiro livro, de um garoto da minha idade (na época em que li) que descobre ser um bruxo... e vai para uma escola de magia e bruxaria e enfrenta perigos e tem aulas de poções e faz amigos incríveis e enfrenta um trasgo e um cão de três cabeças e... e... meus deuses - Eu também queria ir para Hogwarts... MAS NÃO. Nada. Bulhufas. Coisa nenhuma.
E aí... eu pirei.

Simples assim. Minha carta de Hogwarts não chegou. O que é absolutamente injusto, pois tenho certeza de que seria uma das melhores alunas que Hogwarts já viu, A MELHOR, porque seria totalmente cdf com o maior prazer.

Entende o quanto isso é frustrante?

Vamos voltar as idéias. As idéias mais claras. Calma Taís.
Então, essa mesma pessoa que vos escreve, agora é uma adulta frustrada (eu não gosto dessa palavra - adulta - me soa como algo nauseante) que ao invés de querer ter sonhos realizados de
carreira, trabalho, faculdade, amorecos, carros e tudo esse negócio aí, prefere pensar no dia em que encontrara um gênio dos desejos ou fada ou gnomo, que seja, que lhe conceda a possibilidade de entrar num mundo mágico, de ser uma criatura mágica ou algo assim.
Éeeee.... a coisa é esquisita assim.
Entende? E a coisa mais triste disso tudo, é que de fato nada parece me fazer feliz, nenhum plano de carreira, nenhum trabalho legal... nada, porque o que eu quero mesmo não existe :(

(ou existe - minha mente alucinada me diz que sim, que com certeza existe - um dia desses ainda vou ver uma fada descuidada)

Ou seja: A vida real não me é suficiente. E o que diabos vou fazer? Na verdade, acho que estou mesmo mau.

cadê essa placa? cadê heim? onde...?


Onde esta a minha carta de Hogwarts ???

Alguém interceptou a minha carta! Quem pegou a minha carta?!
Resposta provável:

minha resposta: - eu também acho Harry. Ou foi o espirito do Dobby, e a câmara secreta foi bizarramente reaberta, e eu estaria em perigo se fosse para Hogwarts....
- Mas espirito do Dobby, eu não me importo! Tudo bem, eu morreria feliz!

Porque? Porque? Me diz: Por que?!

Agora, cá estou eu, fazendo a chatisse da faculdade, trabalhando num emprego chato e idiota para pagar a faculdade chata, endividada para manter o meu vício em livros, que são uma droga maravilhosa para o meu tipo de loucura (alimentando o meu leque de mundos legais e minha tortura por não poder viver neles) e totalmente, absolutamente, frustrada, infeliz e desequilibrada.
Acho que preciso de um médico. Ou não. Eu gosto da minha loucura.
O problema é não poder viver nela.





Sabe o que é almejar um tipo de coisa que te faria muito feliz, e perceber que você nunca vai ter acesso á isso?
é pior do que almejar ser tri, bi ou milionário... a situação é tensa.
E enquanto isso, eu vou tentando existir nessa realidade que me enlouquece, tentando viver sem toda aquela mágica dos livros e tendo crises gravíssimas em intervalos de desespero.

Minha alma anseia por mais do que a realidade pode me dar.

E eu sinto um aperto no coração quando leio livros como Percy Jackson e os olimpianos, Os instrumentos mortais, Alice no país das maravilhas, O senhor dos anéis, Eragon...Mas principalmente quando leio Harry Potter. Sério. Minha sanidade vai bater ponto em outra dimensão, e eu realmente sofro quando paro a leitura para pensar: Eu não posso estar lá.

Eu pensando na minha vida. Ou num final de semana em casa. Só faltou um livro.


Eu sei. Sim, eu sou maluca mesmo. Eu disse isso.


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Academia de vampiros - O beijo das sombras
em que eu faço uma resenha um tanto confusa e revoltada.




Sinopse:
Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma Dampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi - os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade. Mas isso é só o começo. Em O beijo das sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?
Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola.
OPINIÃO GERAL SOBRE O LIVRO:

Eu comprei um boxe com os três primeiros volumes dessa série. Estava na promoção... e eu havia lido em alguns blogs dos quais geralmente as dicas são muito boas que essa história era bem original e diferenciava bastante do que estava em cena (leia-se vampiros apaixonados por humanas chatas) e que...enfim, valia a pena. E além do mais eu estava num surto consumista, e aí...foi.
Certo. Vamos por partes.
A história tem pontos positivos e negativos.
Então, como eu não gosto de quebrar o barato de ninguém, vou começar pelos
pontos positivos ;D

As coisas acontecem. Muito rápido, e a leitura não é difícil, eu li super rápido, por que não cansa e a autora não enrola. A protagonista, Rose, não é um pé no saco, mas não me pareceu o tipo de pessoa da qual eu seria amiga (acho que nos mataríamos - temperamento explosivo) e tem partes engraçadas, e a história é interessante.

Agora, esquecendo esse negócio de pontos positivos, me diz:
Por que diabos ser guardião de vampiros da realeza só para que a sua espécie mestiça possa continuar existindo? Os argumentos da autora me pareceram bastante furados, e eu não gostei disso. Por que? Por que deixar de viver a sua vida, para ficar cuidando de proteger a dos outros? Ainda mais por esses motivos...


Quando estava lendo o livro, isso ficava me passando pela cabeça e me incomodava bastante. Que graça teria ser um meio-vampiro (dampir) para ficar nas barras da saia de alguém, protegendo o individuo? Sendo que se eles quisessem e se esforçassem para aprender isso, os vampiros (moroi) poderiam muito bem aprender a se defender. Para mim isso não faz sentido, se fosse eu, eu dava o fora total.

O começo da história me pareceu meio sem graça, e eu sinceramente fiquei meio arrependida de ter pegado esse livro para ler. Simplesmente me senti enganada e lendo mais algum livro de vampiros bem trouxa mesmo.
Mas muita calma. O livro não é ruim.
Acho até que foi ligeiramente mais original do que muitos que dei uma olhada. Toda essa historia de criar diferentes "raças" de vampiros é bem interessante.

O problema é que eu descobri o final. Antes mesmo da metade do livro.
E sabe o que é mais irônico?
Isso aqui ó:

"Misterioso,único e encantador, com um final tão surpreendente que só os detetives mais sagazes poderiam deduzir."
-Publishers Weekly

Na verdade, se você usar o que chama de cérebro, descobrirá sim no que vai dar essa história. Ou eu devo ser mesmo uma detetive sagaz ;DD



Eu ao perceber que sou uma detetive sagaz


Então, história vai, história vem, e chegamos ao final, em que, infelizmente, não foi exatamente surpreendente.

Eu já sabia...


Então, depois de todos esses comentários um tanto confusos, voltando ao foco. A resenha .

Os personagens que Richelle Mead criou não são rasos, a Rose, que é a protagonista, não é ruim. É do tipo que não precisa de um salvador e sabe muito bem se defender sozinha. Na verdade, ela é a salvadora da história, sempre por perto para ajudar e proteger a sua amiga Lissa, uma morói que tem muitos problemas. Não desgostei dela, é bem legal ver a história pelo seu ponto de vista. A Lissa parece ser bem frágil, e eu não me senti compelida a gostar dela. Não sei, acho que nessa parte vai de quem lê. Pode ser que para outras pessoas que lerem o livro, elas possam parecer muito legais e tudo mais, mas para mim não foram muito além de leve simpatia e suportável.
É difícil dizer se um livro é bom ou não é, exatamente por isso. As pessoas são diferentes. O que me conquistou pode muito bem ser detestável para outros. O que posso dizer é que a história não é ruim, nada de medíocre e mal escrito. E acredite, o mercado literário esta cheio disso.

Ah, tem o Dimitri e o Christian, que são muito interessantes, sendo o meu favorito o Christian, e achei uma pena que ele não tenha tido tanta atenção e mais participação... pois me pareceu um personagem promissor.
E devo acrescentar, que ao meu ver, entre ser uma dampira e uma moroi, eu prefiro ser uma strigoi. Me parecem mais com o vampiros verdadeiros. Ou eu não presto mesmo.

Portanto, se o sobrenatural é a sua praia (é a minha), e você gosta de YA, vai fundo. Acho que vai gostar sim. Eu gostei, só não foi amor a primeira vista.


Richelle Mead - gostei do cabelo dela ;)

Enquanto isso, vou me preparando para ler o segundo volume da série, Aura negra, que pode (ou não) ser melhor, e quem sabe, a resenha terá bastante gifs felizes e animados!

Obs: NÃO GOSTEI DESSAS CAPAS. OS MODELOS SÃO FEIOS, E HONESTAMENTE, EU NÃO SEI QUEM É QUEM.