sábado, 31 de julho de 2010

“ A única maneira de conhecer realmente um escritor é através do rastro de tinta que ele vai deixando. A pessoa que a gente pensa que vê nada mais é que um personagem oco, e a verdade se esconde sempre na ficção.”
Carlos Ruiz Záfon

Inspirada por este trecho de um dos meus livros favoritos, resolvi criar uma nova seção aqui no blog, dedicada aqueles que trazem mais magia, aventura e emoção em nossas vidas, os escritores. Quero mostrar um pouco de cada pessoa que esta por trás de tantos livros maravilhosos que já li, e o quanto a frase acima pode ser verdadeira, pois os livros estão repletos da essência de seus criadores.


Eu diria que é uma espécie de mania que eu criei enquanto leio livros, encontrando os traços da personalidade e das crenças de quem os escreveu, e modéstia á parte, em geral eu consigo descobrir um monte de coisas só com as primeiras impressões que tenho de uma pessoa ao ve-la pessoalmente, e o mesmo se da com os livros...eu sinto isso (estou rindo enquanto escrevo isso).
Agora, vamos ao escritor (a) estreante... que é:

J.K. Rowling
A propósito, hoje é aniversário dela!!!



Acho que não poderia começar com outro escritor, afinal, como já escrevi um monte de vezes aqui no blog, sou uma grande fã dessa mulher.

*Joane Kathleen Rowling nasceu em 31 de Julho de 1965 ( preciso lembrar que é a data de aniversário do Harry?).



*O seu nome, na verdade, é apenas Joane Rowling, mas como ela o achou curto demais para ser abreviado, acrescentou o 'Kathleen' se sua avó preferida. Quando da publicação de Hp e a pedra filosofal, acharam melhor que o nome do autor não transparecesse que se tratava de uma escritora, pois assim poderia atrair também o interesse dos meninos.

*Desde de pequena Jo gostava de ler contos e histórias, (o que influienciou sua vontade de ser escritora), e muitas delas influenciaram sua criação. E ela já afirmou que é fã da triologia de Tolkien, autor de O senhor dos anéis, de C. S. Lewis, de As crônicas de Narnia (mas que a relação de ambas com a sua obra e superficial), mas a sua escritora favorita e Jane Austen, de Orgulho e preconceito, entre outros).


*Os seus pais, Peter Rowling e Anne Volant se conheceram no final dos anos 1960 numa viagem de trem da estação King's Cross, em Londres (esse nome nos lembra alguma coisa?) á Irlanda.
E logo iniciaram um relacionamente, casando em Março de 1965, no mesmo ano em Jo nasceu. Dois anos depois nasceu Dianne, a segunda filha do casal e irmã mais nova de Jo, que afirma que quando eram crianças brigavam como dois gatos selvagens, mas anos depois ela mereceu a dedicatória de seu primeiro livro por ter sido a primeiro a te-lo lido, antes mesmo de ser enviado para a revisão.

King's Cross

* Seus avós maternos se chamavam Stanley George Volant e Freda Volant, que Jo diz ter sido um casal infeliz.Seus avós paternos (que eram os seus favoritos), chamavam-se Kathleen Ada Bulgem Rowling e Ernest Arthur Rowling. O nome de ambos seus avôs, Stanley e Ernest foram usados para batizar os condutores do Nôitibus Andante.



* Inicialmente a família Rowling morava em Yate, mas como a cidade começou a avançar,seus pais resolveram se mudar para Winterbourne, onde Jo conheceu a família Potter, que eram seus vizinhos, mas que não tiveram qualquer ligação com a trama de Hp, exceto pelo sobrenome utilizado.

* Também nessa época Jo foi matriculada em sua primeira escola (que era á moda antiga) e escreveu seu primeiro livro, sobre um coelho.

* Em 1974 os Rowling mudaram-se novamente, dessa vez para uma cidadezinha chamada tutshill, e juntamente a nova casa, uma nova escola, onde Jo encontraria a inspiração do personagem do Prof° Snape em um professor seu chamado John Nettleship, de química, que naquela época tornou-se chefe da mãe de Jo tinha começado a trabalhar no departamento de química da escola.



Severo Snape (Alan Rickman)

Foi nessa época também que a mãe de Jo foi diagnosticada com esclerose múltipla e conheceu Sean Harris, o amigo á quem dedicou o segundo livros e o dono do Ford Anglia original.



" Ele foi o primeiro dos meus amigos a aprender a dirigir e aquele carro turquesa e branco significava LIBERDADE." (J.K. Rowling)




* Quanto ao curso que queria fazer ela estava decidida: Inglês. Mas no entanto acabou sucumbindo a pressão de seus pais e fez francês em Exeter.Foi durante os seus estudos que ela resolveu ir a França dar aulas de inglês, como parte do curso, e adorou a experiência. Em 1987 ela se formou na universidade.

* Jo fez alguns trabalhos temporários como secretária bilíngue e trabalhou na anistia internacional, no departamento franco-africano, época em que fez um rascunho de um romance que não foi publicado e que foi rabiscado em bloquinhos de papeis em bares da mesma forma que Harry Potter viria a ser escrito anos depois. Caso não esteja enganada, durante esse período em que trabalhou na anistia, durante as pausas do trabalho, Jo saia para almoçar e sempre via um gato de cor amarelada e pernas arqueadas por perto e que servia de inspiração para o "bichento" (tradução de Crookshanks da personagem Hermione.




* Quando seu namorado de Exeter foi morar em Manchester, Jo passou a procurara apartamento por lá para morar perto dele, mas sem encontrar nada por lá, voltando para Londres ela criou em sua mente o personagem que mudaria a sua vida quando o trem em que viajava quebrou.

" A idéia de Harry Potter surgiu de repente em minha mente (...) e nenhuma outra idéia tinha me animado tanto quanto essa."


Isso aconteceu em Junho de 1990 quando os primeiros rascunhos de HP começaram a tomar forma e no fim do mesmo ano ela se instalou em Manchester, e como um modo de passar o tempo, dava forma aos personagens de Hp e os guardava numa caixa de sapatos.

* Nesse mesmo ano, a mãe de Jo faleceu em consequência da esclerose múltipla, depois de dez anos lutando contra a doença.

" Foi um momento terrível. Meu pai, Di e eu estávamos arrasados; ela só tinha 45 anos e nunca imaginamos, provavelmente por não gostar nem de pensar na idéia, que ela poderia morrer tão jovem. Lembro-me de sentir (...) uma verdadeira dor no coração."

*Quando voltou para casa Joane estava muito infeliz e ainda por cima, descobriu que seu apartamento em Manchester havia sido assaltado, e depois de uma séria briga com o namorado se mudou para um hotel na periferia da cidade. Foi no quarto desse hotel que ela veio a criar o famoso esporte dos bruxos, o Quadribol.



* Como já não havia mais motivos que a prendessem em em Manchester, após ver um anúncio que procurava por professores para lecionar inglês em Portugal, Jo se mudou para lá.

* Jo foi contratada e começou a dar aulas de inglês na cidade do Porto, onde foi instalada num apartamento com outras duas professoras, Jill Preweet Aine Kiely, mulhers á quem foi dedicado o terceiro livro da série. Aos sabados, as três iam se divertir numa discoteca, mas a história de Harry não foi esquecida.

* Um dia Jo se deparou com um estudante português chamado Jorge Arantes num bar, e se interessou por ele assim como ele por ela. Não demorou muito e os dois passaram a viver juntos e Joane ficou grávida, mas sofreu um aborto logo depois. Jorge pedio Jo em casamento em agosto de 1992, mas o relacionamento era pontuado por brigas, o que fez com que o casamento perdesse o encanto. Joane ficou grávida novamente, enquento Jorge mostrava-se cada ves mais ciumento.

* Sua filha nasceu em 27 de Julho de 1993, e Jo diz ser a melhor coisa que já lhe aconteceu, mas o casal ainda brigava muito, e o fim se deu quando Jorge arrasatou Jo para fora de casa. Joane conseguiu resgatar o bebê e logo foi embora de Porto.

* Quando Jo voltou ao Reino Unido, o pai já tinha se casado novamente e seu destino acabou sendo o lar da irmã recém-casada, em Edimburgo. Ela não demorou muito tempo lá, pois não queria ser um peso para a irmã então se mudou junto com a filha para um prédio em Leith, um bairro da capital escocesa, onde vivia com a ajuda do governo, mas sentindo-se humilhada por estar nesse estado. Então Jo caiu em depressão, e foi dessa época de sua vida que tirou inspirção para criar os dementadores, guardas da prisão de Azkaban, criaturas que sugam toda a fecidade do lugar em que estão e faz com que as pessoas ao seu redor sintam que nunca mais poderam se sentir felizes novamente.


*Jo conseguiu, através da lei, manter Jorge longe dela e de sua filha.

* Durante esse perído Jo passeava com a filha num carrinho e quando a menina dormia, ia a um bar que pertência a seu cunhado ou ao The Elephant House Café, e lá pedia um café e escrevia as histórias de Harry Potter.Como não tinha computador, Jo escrevia numa velha máquina de escrever, onde datilografava suas anotações.

*Entre o fim de 1994 e começo de 1995 Jo conseguiu finalmente um emprego como secretária e foi aceita num curso para conseguir um registro que a habilitava para dar aulas e divorciou-se.

* Quando terminou o primeiro Hp, Jo tinha somente dois nomes de agentes literários, o primeiro devolveu os originais do livro e o segundo teria feiro o mesmo se não fosse uma funcionária sua, chamada Briony Evens, te-lo resgatado da caixa de devoluções. Briony pediu autorização ao chefe para tentar publicar o livro e então escreveu a Joane lhe pedindo o restante do livro, e muito feliz, Jo lhe lhe enviou o resto.

*Depois da recusa de muitas editoras, os originais foram parar na editora Bloomsbury, que decidiu publica-lo nas edições de livros infantis.

*A publicação de Hp e a Pedra filosofal se deu em 30 de Junho de 1997 e a primeira edição foi pequena, de somente 1000 exemplares. Porém, logo de início, o livro esteve entre os mais vendidos e com o dinheiro que Jo comprou com os direitos autorais inicialmente, comprou um apartamento mais espaçoso num lugar mais seguro para ela e a filha viverem.

* No ano seguinte, num leilão dos direito do livro, Arthur Levine, da editora Scholastic Inc, ganhou-os pelo valor de 105 mil dólares. O sucesso do primeiro livro abriu as portas para o lançamento do seguinte.

* J. K. Rowling nunca esperou se sustentar apenas escrevendo livros, e só o fato de ter um livro seu publicado já era um sonho de infância realizado. O máximo que esperava era uma crítica favorável. Nem ela , nem seu agente, nem tampouco seus editores estavam preparados para o sucesso de Harry Potter que fez a fortuna de Jo.

Sobre os nomes criados, J.K. disse que o Dictionary of Phrase and Fable é uma ótima fonte.
Essas são as mais claras (ou mais famosas) inspirações para a série Harry Potter. Claro que há outras, e aqui está-se falando apenas de livros e autores, e não do folclore sempre presente na obra nem tampouco das pessoas que inspiraram personagens e dos lugares que Joanne conheceu que refletiram-se nos lugares de Harry Potter.

Quanto as inspirações para os nomes já li sobre um monte delas só que agora creio que não tenho muito tempo para escreve-las todas aqui.

A personagem de Hermione foi inspirada na própria Joane, e Rony num amigo de infância que teve.

É isso...fim de post!
obs: Eu sei que fui bastante fiel as fontes que utilizei só que as passei da minha maneira, o que não é um plágio, até porque ninguem tem direitos autorais sobre os fatos da vida de J. K Rowling, e eu acrescentei novas informações... ;D


sexta-feira, 30 de julho de 2010

Love, A história de Lisey - Stephen King

"Lisey era a esposa de um famoso romancista, Scott Landon, que morreu lhe deixando a díficil tarefa de lidar com todas as suas coisas e a pressão da mídia para que ela liberasse de uma vez por todas as possíveis histórias que ele havia deixado prontas. Mas o que ninguém intende é que tentar organizar tudo o que ele deixou para trás pode trazer á tona velhas lembranças que Lisey não quer de volta, coisas que ela havia mantido muito bem trancadas no véu do esquecimento de sua memória e que aos poucos vão acabar por sufoca-la com o seu peso e ao mesmo tempo, Lisey terá de lidar com um maníaco querendo lhe matar...e somente a libertação dessas estranhas lembranças poderá ajuda-la."

Opinião Geral sobre o livro:

Li esse livro pelo pc mesmo (quase fiquei cega), mas valeu a pena, por que ele te mantém presa na história até o final. Toda vez que acabava um capítulo, eu queria ler o outro logo em seguida para saber o que acontecia. Sério...o Stephen King faz muito suspense e só vai revelando a história bem aos poucos (uma velha técnica de escritores para torturar seus leitores). As tais lembranças da Lisey sobre as quais me referi, vão revelando sobre o processo criativo de seu marido e a sua família que sofre de um estranho mal que o afetou muito na infância, e a influência disso em sua vida adulta. Sério, a gente fica morrendo de curiosidade para saber mais, portanto vou parar por aqui mesmo para não acabar contando demais e estragar a história para quem resolver ler.

Pontos positivos:

O suspense que quase nos mata de curiosidade e nos prende a história.

Pontos negativos:

O suspense que quase nos mata de curiosidade...

Citação:

"Scott e as coisas que fisgava do lago das palavras, do lago das histórias, do lago dos mitos.
Aquele safado do Scott Landon.
Às vezes ela passava um dia inteiro sem pensar nele ou sentir sua falta. E por que não? Tinha uma vida bastante cheia e, francamente, muitas vezes ele não tinha sido uma pessoa fácil de se lidar e de se conviver. Um projeto, diriam os ianques da velha guarda como seu próprio pai. E então, às vezes, num dia nublado (ou ensolarado) qualquer, tinha tanta saudade dele que se sentia vazia, não mais uma mulher, mas apenas uma árvore morta cheia do vento frio de novem-bro. Sentia-se daquele jeito naquele instante, com vontade de gritar seu nome, de gritá-lo para a casa, e seu coração se amargurou ao pensar nos anos que teria pela frente e ela se perguntou de que valia o amor se o resultado era aquele, sentir-se dez segundos que fossem daquela forma.
"

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Apresentando: Kerli Kõiv

Na verdade, quem me apresentou suas músicas foi a Nayara, minha amiga que também escreve no blog ( ela me cobrou os créditos).
E essa música que eu postei abaixo é uma de suas melhores, e foi lançada antes da mais conhecida agora, " tea party", trilha do filme 'Alice in Wonderland'.



Walking On Air - Kerli
Andando No Ar

There's a little creepy house
Existe uma casa meio assustadora
In a little creepy place
Num lugar meio assustador
Little creepy town
Uma cidade meio assustadora
In a little creepy world
Num mundo meio assustador
Little creepy girl
Uma garota meio assustadora
With her little creepy face
Com o seu rosto meio assustador
Saying funny things that you have never heard
Dizendo coisas estranhas que você nunca ouviu antes


Do you know what it's all about?
Você sabe o que significa tudo isso?
Are you brave enough to figure out?
Você é corajoso o suficiente para imaginar?
Know that you could set your world on fire
Sei que você poderia incendiar o seu mundo
If you are strong enough to leave your doubts
Se você for forte o suficiente pra deixar suas dúvidas


(Refrão)
Feel it
Sinta-o
Breathe it
Respire-o
Believe it
Acredite
And you'll be walking on air
E você estará andando no ar
Go try it
Vá tentar
Go fly
Vá voar
So high
Tão alto
And you'll be walking on air
E você estará andando no ar
You feel this
Você o sente
unless you kill it
A menos que não queira
Go on
Vá em frente
And you're forgiven
E você está perdoado
I knew that
Eu sabia que
I could feel that
Eu podia sentir aquilo
I feel like
Eu me sinto como se
I am walking on air
Eu estivesse andando no ar



She has a little creepy cat
Ela tem um gato meio assustador
And a little creepy bat
E um morcego meio assustador
Little rocking chair and an old blue hat
Uma cadeirinha de balanço e um velho chapéu azul
That little creepy girl
Aquela garota meio assustadora
Oh she loves to sing
Oh ela adora cantar
She has a little gift
Ela tem um pequeno dom
An amazing thing
Uma coisa incrível
With her little funny eyes of hazel
Com seus olhos engraçadinhos castanho esverdeados
With her little funny old blue hat
Com seu velho e engraçadinho chapéu azul
She will go and set the world on fire
Ela vai incendiar o mundo
No one ever thought she could do that
Ninguém pensou que ela poderia fazer isso

(Refrão)

Flitter up
Levante vôo
and Hover down
E plane baixo
Be all around
Fique por perto
Be all around
Fique por perto

You know that I love you.
Você sabe que eu te amo
Go on
Continue

(Refrão)

I'm walking on air
Estou andando no ar
I'm walking on air.
Estou andando no ar

Yeah.


Assistam o vídeo que é bem legal e comprementa a música.

sábado, 24 de julho de 2010

Eu sou o mensageiro - Markus Zusak
Editora: Intrínseca





" Ed Kennedy. Dezenove anos. Um perdedor.
Seu emprego: Taxista. Sua filiação: Um pai morto pela birita e uma mãe amarga, ranzinza. Sua companhia constante: Um cachorro fedorento e um punhado de amigos fracassados.
Sua missão: algo de muito importante, com o potencial de mudar algumas vidas. Por quê? Determinado por quem? Isso nem ele sabe.
Markus Zusak, autor do best-seller A menina que roubava livros
, nos fornece essas respostas bem aos poucos neste incomum romance de suspense, escrito antes do seu maior sucesso. O que se sabe é que Ed, um dia, teve a coragem de impedir um assalto a banco. E que, um pouco depois disso, começou a receber cartas anônimas. O conteúdo: Invariavelmente, uma carta de baralho, um ou mais endereços, e...só. Fazer o que nesses lugares? Procurar quem? Isso ele só saberá se for. Se tentar descobrir. E, com o misto de destemor e resignação dos mais clássicos anti-heróis, daqueles que sabem não ter mesmo nada a perder nesse mundo, é o que ele faz.
Ed conhecerá novas pessoas nessa jornada. Conhecerá melhor algumas pessoas nem tão novas assim. Mas, acima de tudo, ele entenderá melhor seu potencial no mundo e em que consiste ser um mensageiro."


Opinião Geral sobre o livro:
Resumindo bem a minha opinião sobre esse livro, eu vou simplesmente dizer que esta na minha pequena e exclusiva lista dos favoritos.
Markus Zusak escreve muito, muito bem, e fico até meio chocada pelo fato de ainda não terem publicado outros livros de sua autoria aqui no Brasil.
Há livros que não podem ser descritos, já que não há como fazê-lo com poucas palavras, e esse é um deles. Só lendo mesmo.
E esse eu recomendo, com toda a certeza, até porque cheguei até á fazer um teste de aceitação com uma prima que , digamos, não é lá muito chegada em leitura, e agora ela esta na página 137...um verdadeiro milagre no caso dela.
Quando li esse livro pela primeira vez (a uns dois anos atrás), terminei de ler no mesmo dia em que comecei, de uma só vez, e desde então acho que o reli mais umas duas ou três vezes, e no final é sempre a mesma sensação boa que tive na primeira. Ok, vou parar por aqui porque acho que ficou bem claro que ADORO esse livro.

Então vamos aos...


Pontos negativos:
Eles não existem


Pontos positivos:
Nos faz pensar
É engraçado
E sério
É bonito
Uma história criativa, só para variar um pouco a atual tendência dos livros.


Citações Favoritas:
O livros esta cheio delas e é meio difícil escolher poucas, então só escreverei uma aqui.
" Antes até de começar a entrar em detalhes sobre mim, acho melhor ir contando alguns outros fatos:
1. Quando tinha 19 anos, Bob Dylan já era veterano da noite do Greenwich Village, em Nova Yorque.
2. Salvador Dalí tinha pintado uma porrada de quadros sensacionais e se rebelado quando fez 19 anos.
3. Joana D'arc era a mulher mais procurada e caçada no mundo quando tinha 19 anos, tendo criado uma revolução.
Daí vem Ed Kennedy, também com 19 anos de idade...
Um pouco antes do assalto lá no banco, eu já estava fazendo um balanço geral da minha vida.
Taxista - pra conseguir, tive que mentir na idade. (É preciso ter no mínimo 20 anos.)
Não segue carreira nenhuma.
Não tem o menor respeito na comunidade.
Porra nenhuma."

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Algumas maneiras de se tornar imortal:
(post totalmente inutil, vá em frente somente se não tiver mais o que fazer)


* Descobrir a pedra filosofal



* Me tornar uma vampira (mas para isso preciso encontar um vampiro disposto a me transformar)




*Procurar um gênio ou uma fada que conceda desejos




* Ir para a Terra no Nunca





* Fazer um acordo com o diabo (mas acho que não seria muito para ele, uma ver que se não morro, não tem alma pra ele)





* Mandar pintarem um retrato meu e prender minha alma nele (para que envelheça em meu lugar, sabe)





* Morrer e me tornar um fantasma (que são imortais, pois já morreram!)






Pena que essas opções não existam em nossa realidade chata...

sábado, 17 de julho de 2010

Entrevista com o vampiro - Anne Rice

Editora: Rocco

A história começa com o vampiro Louis, que resolve contar sua história para um jovem humano que vive pela noite a procura de histórias de vida interessantes para grava-las em fitas cassetes (Quando Anne Rice escreveu o livro elas eram atuais, ok). A narrativa se discorre sobre como Louis foi transformado em vampiro e os fatos que o marcaram desde então.

Em 1791, Louis era um jovem de 25 anos de idade, que não tinha qualquer outra preocupação além da administração de suas terras em Louisiana e os cuidados para com sua mãe e irmã, além de um irmão mais novo, Paul, que havia se tornado uma espécie de fanático religioso, chegando ao ponto de alegar ter visões verdadeiras de santos e anjos, algo que um dia acabou porcausar uma séria discussão discussão com Louis, terminando com sua morte e modificando completamente o comportamento de Louis, que passou a se sentir culpado por sua morte e a desejar morrer também, só que sem a coragem necessária para acabar com a própria vida, até o dia em que em uma de sua andanças, terminou nas mãos do vampiro Lestat, e não nas mãos da morte que tanto desejava.

Opinião geral sobre o livro:

Louis nos faz sentir o que ele sente e talvez por que suas angústias e dúvidas sejam parecidas com as minhas, tenho uma certa empatia por ele.

Anne Rice já escreveu muitos livros , e uma grande parte sobre vampiros, mas de todos eles, acho que este é o melhor. A história é linda e é um dos meus livros favoritos, embora me deixe meio mal com a vida. Seus personagens tem características e sentimentos muito próprios, especialmente Lestat (meu favorito), com seu sarcasmo impagavel. Louis, o centro da narrativa, não parece compreende-lo muito, mas isso não muda nada. E, é claro, a personagem da criança vampira Claudia...quem pensou numa criança vampira antes??? não é à toa que penso que Stephenie Meyer pegou um monte de elementos do universo vampiresco de Rice...é bem nítido isso, só é ler seus livros, até na descrição da "pele branca como o mármore". Não que eu esteja sugerindo que Meyer plagiou Rice...apenas que usou elementos de sua narrativa, até por que não dá para negar que a autora de Crepúsculo sabe escrever e tem sua própria maneira (respeito bons escritores, mesmo quando não concordo inteiramente com seus modos de ver a vida). Enfim, voltando a Rice, eu realmente recomendo a leitura desse livro, porque ele é tão belamente escrito, e é definitivamente uma boa história, mesmo estando um pouco esquecida últimamente (por isso o post...as pessoas tem de ler também coisas nem tão atuais para ampliar sua visão).

Pontos positivos:

A criatividade da história e seus pernonagens únicos... sério, Cláudia, Louis e Lestat têm personalidades muito diferentes e bem desenvolvidas.

Pontos negativos:

Algumas pessoas podem não ter paciência para as descrissões e momentos de melâncolia do Louis. Eu mesma demorei um tempo para resolver reler, pois na primeira vez eu havia gostado muito ( li em 24 horas), mas na segunda achei lento. Agora que acabei de começar novamente estou gostando de novo. Bizarro, eu sei.

Citações favoritas:

" - As pessoas que param de crer em Deus ou na bondade continuam a acreditar no diabo. Não sei por que. Não, realmente não sei por que. O mal é sempre possível. E a bondade é eternamente difícil."

" (...) Vi meus verdadeiros deuses... os deuses da maioria dos homens. Comida, bebida, e segurança no conformismo. Cinzas."

E agora...

Entrevista com o vampiro: O Filme

Que é muito bom, também! Além de ser o único filme em que acho Brad Pitt e Tom Cruise bonitos...e na verdade eu detesto admitir esse tipo de coisa... (as pessoas geralmente não concordam com as minhas preferências, não sei por quê...).



Louis e Lestat (Tom Cruise). Não é verdade??? Eles não estão lindos?!



Louis (Brad Pitt)



Cláudia, a criança vampiro (Kristen Dunst), que no livro tinha cinco anos quando foi transformada, mas no filme a atriz já tinha uns 10 ou 11 anos. Antes eu á achava muito boa para o papel, mas agora que reli o livro não consigo mais imagina-la como a Cláudia da história.


Cláudia, Louis e Lestat

O filme alterou alguma passagens da história original (coisa que sempre acontece), mas é bem feito E Louis e Lestat não são gays,eles parecem ser bissexuais (a maioria dos personagens da Anne Rice parece ser), mas a verdade é que Anne escreve como se não houvesse distinção alguma entre os sexos, as pessoas se amam, ponto (não me refiro a Louis e Lestat por que o primeiro não gosta muito do segundo). E não tem nenhuma parte erótica entre eles no livro. E acho que no filme também não...eu acho... faz um tempo que assisti.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

' - Mude

Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas observando com atenção os lugares por onde você passa.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na praia, ou no parque e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros jornais... Leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça de um hábito um estilo de vida. Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma nova palavra por dia numa outra lingua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delicias.
Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
TENTE!
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Escolha outro mercado... Outra marca de sabonete, outro creme dental...
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, compre novos óculos.
Jogue fora os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, mude o visual.
MUDE
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre :Invente-as.
Seja criativo.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
Clarice Lispector ♥

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eclipse - o filme




Na última terça feira tirei o dia para ir ao cinema e ver enfim o tão comentado e aguardado filme da "saga Crepúsculo", Eclipse. É claro que o filme ja esta em cartaz a mais de uma semana, mas o caso é que eu é que não iria entrar numa sala de cinema com um monte de adolescentes bizarras gritando coisas vergonhosas sobre o Pattinson ou o Taylor Lautner o cara que parece que tomou anabolizantes...portanto, tive de sair numa manhã cinzenta, chuvosa, bem cedo, só para poder assistir ao filme com alguma paz (peguei a sessão das 12:oo hs).
E não é que o filme é relativamente legal?!
Sim!
Eclipse é o melhor filme da saga até agora, e fiquei até surpreendida porque achei que iria ser bem nada a ver (tipo Crépúsculo) ou muito lento (como Lua Nova). Mas o caso é que tem algumas cenas bem ilárias, as cenas de ação melhoraram também, e, para dar mais ânimo, Robert Pattinson aparece mais vezes (sim, eu admito que acho ele lindo...fazer o que?).
Ok, então vamos aos grandes motivos para ir ver o filme:


motivo 1

motivo 2

Só para ver (e admirar) esses dois, creio que já basta de motivos.

Cena sem noção:



Achei totalmente sem noção essa cena...por quê?
Poque o desfecho é absurdamente diferente do livro, no qual a bella não sai de repente e senta na moto do Jacob e se manda sem mais nem menos (achei que ela ficou parecendo uma vadia cretina nessa parte.


Coisas legais sobre o filme:

* O começo do filme esta diferente (e melhor), que é a cena em que o Riley (garoto da foto abaixo da do Edward) esta saindo de algum lugar com música que não me lembro o que era e começa a ser perseguido por Victoria algo muito veloz e então é mordido e começa a se transformar.



* A cenas de lutas estão boas.



* Numa das poucas aparições do resto do grupo de Jacob (que esqueceram de tomar anabolizantes), tem uma parte bem engraçada quando eles começam a falar dos monólogos interiores de Jacob sobre ligar ou não ligar para a bella.

* A cena da barraca esta boa também (minha amiga só foi ver o filme para ver essa parte, tamanha era o seu desânimo, mas também gostou no final - e sem passar mal - algo inédito em todas as vezes em que fomos ver os filmes da saga).

* Edward comentando 'sutilmente' sobre o fato de Jacob parecer não ter camisas. Não tiro sua razão.



* As histórias de como Rosalie e Jasper acabaram vampiros também foram incluidas no filme, e ficaram até que bem feitas, além da parte das história da tribo de Jacob, só que esta última não ficou muito clara, porque faltou uma boa parte.

* Achei o discurso da Jessica na formatura inspirador, mesmo tendo sido incluido no filme, pois tenho quase certeza de que não existe no livro.

Acho que tem outras cenas das quais estou esquecendo, mas no momento não consigo me lembrar...então, vou parar por aqui mesmo. Resaltando que esse filme da para assistir mesmo que não se goste muito da história em geral...e

uma idéia que me passou pela cabeça agora: Não vá assistir esse filme com o namorado. Pelo menos eu não iria. Por que?
Porque seria deprimente depois de ver o Edward.
Nem sei como tem um monte de garotas que fazem isso. Eu não consiguiria...


Uma observação final: Não sei se deu para perseber por esse post, mas eu não vejo a mínima graça, ou beleza, no tal Taylor Lautner...até porque ele não tem nada a ver com o personagem descrito no livro. Pronto, falei.

quinta-feira, 8 de julho de 2010


A arte de Tim Burton

Esse é o primeiro post em que não escreverei nada sobre livros, já que não pude resistir ao impulso de mostrar um artista tão incrível e criativo como este...além, é claro, de eu adorar todos seus filmes tudo o que é inspirado neles. Eu sei. O blog é de resenhas de livros...mas foda-se.
Agora vou escrever sobre o que eu quiser.

Certo. Agora vamos ao post...
Os filmes nos quais Tim Burton trabalha brincam com a realidade, têm personagens excêntricos, ou quando são baseados em livros, como no caso de Alice in Wonderland e Charlie and the chocolate factory, captam bem a essência do livro, as vezes não muito fielmente...mas isso só deixa ainda mais divertidos seus filmes.




Todo mundo que leu realmente o livro de Lewis Carroll sabe que o roteiro do filme de Burton é foge, e muito, da história original, e há até personagens que também não existiam, mas o visual é incrível, e o chapeleiro maluco e (principalmente) a Rainha de Copas estão muito legais, adorei Helena Bonham Carter no papel, que acabou deixando o personagem mais interessante.









Esse filme é um musical (acho que foi o único que assisti do gênero). Cômico e dramatico. As divagações de Nellie Lovett parecem até surreais, e todo o filme tem uma fotografia que lembra os filmes alemães de uma década que me esqueci , meio sombria, sem muito luz. E para completar é inspirado numa lenda inglesa real do tal barbeiro serial killer.
Comentário extra: não é super legal a ideia de fazer tortas com carne de gente?! (adoro a nellie - acho que porque tenho uma queda por personagens que acabam sobrando em histórias por não ter seu amor correspondido).




Essa parte é uma das divagações da Nellie. Preciso dizer que faz parte do lado cômico do filme?




A noiva cadaver foi feito em stop motion e é bem bonitinho, mas no estilo de Burton. É uma das animações mais bonitas que já vi, com bonecos com um designer muito bom e cenários lindos.





Viu?


Eu tenho uma opinião bem específica quanto a este filme, que é um remake que contrária a regra geral , pois é MUITO MELHOR que o primeiro. Sério. Quando digo isso tem gente que não acredita, então eu digo LEIA O LIVRO e voçê verá o quão verdadeira são minhas palavras. O filme é totalmente fiel ao livro e tem a essencia da história traduzida nas imagens. Acho que nunca vou me cansar de assisti-lo.




Chega a dar agua na boca...Eu também queria conhecer essa fábrica...aff
Coisas legais nunca existem na realidade.








A lenda do cavaleiro sem cabeça é uma mistura de conto de terror com história de amor e pitadas de comédia. A gente se assusta e se diverte ao mesmo tempo e tem uma espécie de nonsense, que quando assistimos o filme os personagens parecem de fato estar vivendo uma história, um filme, um sonho...tudo, menos a vida real.





Acho que nem preciso escrever muito sobre isso...resumindo: Eu amo o Jack.

This is halloween...this is halloween...



Gente...eu amo o Edward...Johnny Depp esta incrível nesse filme, e a história é linda, além de ser o filme que consagrou Depp.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Revolução dos Bichos - George Orwell


" Á maneira de Esopo, usando animais para figurar as fraquezas humanas, Orwell deixou deixou neste livro, um dos mais sarcásticos depoimentos sobre o chamado paraíso comunista. Através da caricatura, analisa impiedosamente os rumos equívocos do processo revolucionário numa granja inglêsa em que os animais, revoltando-se contra o proprietário, expulsaram-no buscando fundar uma sociedade ideal, que cedo se vê traída pela opressiva atuação dos novos dirigentes."

Opinião Geral sobre o livro:
"A revolução dos bichos foi o primeiro livro que consagrou George Orwell e espelha toda a sua experiência de intelectual participante e desiludido. A história é uma penetrante sátira á Rússia Soviética e aos caminhos equívocos do poder ilimitado, denunciando através da fábula os processos de formação de um regime totalitário".

Citação:

" O homem é a única criatura que consome sem produzir. Não põe ovos, é fraco demais para puxar o arado, não corre o suficiente para alcançar uma lebre. Mesmo assim, é o senhor de todos os animais. Põe-nos a trabalhar, dá-nos de volta o mínimo para evitar a inanição e fica com o restante. Nosso trabalho amanha o solo, nosso estrume o fertiliza e, no entanto, nenhum de nós possui mais do que a própria pele. As vacas, que aqui vejo á minha frente, quantos litros de leite terão produzido este ano? E que aconteceu a esse leite, que deveria estar alimentando robustos bezerrinhos? Desceu pela garganta de nossos inimigos. E as galinhas, quantos ovos puseram este ano, e quantos transformaram-se em pintinhos? Os restantes foram para o mercado, fazer dinheiro para Jones e seus homens. E você, Quitéria, Diga-me onde estão os quatro potrinhos que deveriam ser o apoio e o prazer da sua velhice? Foram vendidos com a idade de um ano - Nunca mais você tornará a vê-los. Como paga pelos seus quatro partos e por todo o seu trabalho no campo, que recebeu você, além de ração e baia?"

sexta-feira, 2 de julho de 2010

' - Lembra-te



" Um livro aberto é um amigo que fala;

Fechado, um amigo que espera;

Esquecido, uma alma que perdoa;

Destruido, um coração que chora."


Voltaire.
Qual livro vocês estão lendo agora?